Estigma e saúde
Reunindo 11 ensaios de renomados acadêmicos brasileiros e norte-americanos, o livro apresenta desafios teóricos e epistemológicos para pesquisadores do campo da saúde no enfrentamento dos processos de estigmatização e discriminação social. A coletânea, organizada pelas pesquisadoras Simone Monteiro, do Instituto Oswaldo Cruz, e Wilza Villela, da Unifesp, traz os principais aportes teóricos e conceituais desse campo, que, sob a perspectiva da saúde, são capazes de orientar pesquisas e políticas públicas voltadas para o enfrentamento do estigma e da discriminação entre diferentes grupos e contextos sociais.
Sob a perspectiva das análises realizadas nos últimos anos, sobretudo nos Estados Unidos, Estigma e saúde discute de que maneira a exclusão social de indivíduos e grupos, em razão de preconceitos e/ou ações discriminatórias, traz danos diretos e indiretos à saúde. O debate proposto gira em torno dos processos estigmatizantes/discriminatórios que dificultam o acesso dos indivíduos às ações de prevenção e cuidados em saúde, constituindo um círculo vicioso entre marginalização social e doença que reitera o estigma.
Entre os temas discutidos na obra está a epidemia de HIV/aids. Nesse campo, destaque para o capítulo “Fragilidades teórico-metodológicas na produção acadêmica brasileira sobre estigma em AIDS”, escrito pelo professor Ivan França Jr. e a doutoranda Eliana Miura Zucchi, do Departamento de Saúde Materno-Infantil da Faculdade de Saúde Pública.
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