Adolfo Lutz – obra completa
Classificada como monumental pela Editora Fiocruz, a coleção rende uma homenagem ao pesquisador Adolfo Lutz e sua extraordinária trajetória, que o coloca como um dos mais versáteis e completos cientistas brasileiros de todos os tempos. Organizada pelo historiador Jaime L. Benchimol e pela historiadora da ciência e bióloga Magali Romero Sá, a coleção é formada por dez livros, distribuídos em três volumes, e dois suplementos com glossário, índices e resumos, lançados entre 2004 e 2007.
As obras reúnem numerosos documentos manuscritos, datilografados e impressos, tais como relatórios, notas de laboratório, protocolos de necropsias, receitas médicas e anotações pessoais. A coleção traz, ainda, fotografias, mapas e belíssimos desenhos dos espécimes que o cientista estudou e quase quatro mil cartas, que evidenciam as várias redes formadas pelos profissionais e instituições que deram vida à medicina e saúde pública nas regiões percorridas pelo pesquisador. Além disso, apresenta versões fac-similares dos trabalhos que o cientista publicou na Alemanha, com traduções para o português.
O glossário, em português e inglês, reúne verbetes que combinam a conceituação atual dos termos técnicos selecionados com o uso que tinham à época da publicação dos trabalhos de Lutz. Nos suplementos estão os índices remissivos em português, alemão e inglês; e sumário com resumos bilíngues dos trabalhos reproduzidos nos volumes 1 e 2.
Descendente de suíços, Adolfo Lutz se destacou em todas as áreas em que atuou: parasitologia, veterinária, zoologia médica, bacteriologia, dermatologia e botânica, entre outras. Antes de se mudar para o Rio de Janeiro, para trabalhar no Instituto de Manguinhos, dirigiu o Instituto Bacteriológico de São Paulo (atual Instituto Adolfo Lutz), de 1893 a 1908, período de intensas atividades laboratoriais combinadas com ações grandiosas na saúde pública. Antes, em 1889, o pesquisador chefiou o serviço médico do leprosário criado na Ilha de Molokai, no Havaí. Recluso e avesso à publicidade, ao se transferir para a capital fluminense, em 1908, estava no auge de sua carreira profissional. E foi um dos cientistas brasileiros a se reunir com Albert Einstein quando o físico alemão esteve no Instituto Oswaldo Cruz, em 1925.
Além dos arquivos pessoais de Adolfo Lutz, os organizadores e uma equipe de dez profissionais (historiadores, sociólogos e tradutores) recuperaram os de Bertha, guardados no Museu Nacional, no Rio. Militante do movimento feminista, a filha do pesquisador lutou pela extensão do voto às mulheres e foi eleita deputada federal, em 1936.
A versão eletrônica desta coleção está parcialmente disponível na SciELO Books:
Febre amarela, malária e protozoologia
Entomologia – Tabanídeos
Adolpho Lutz e a entomologia médica no Brasil
Entomologia
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